Análises #006 - Assassin's Creed III
Pedro almeida | 16:33 |
Análises
Contudo, o jogo falha ao apresentar uma história fraca e decepcionante. A trama faz um ótimo trabalho em retratar (e até ensinar sobre) a Revolução Americana, mas deixa de ter um herói forte e, principalmente, vacila no desfecho da campanha de Desmond, que se desenrola desde o primeiro "AC".
Para piorar, há uma infinidade de bugs que, quando não atrapalham as missões, resultam em situações absurdas e hilárias que quebram um pouco da ambientação proporcionada pelos gráficos incríveis e tiram muito do brilho da obra da Ubisoft.
Ao longo de 2012 a Ubisoft não cansou de bradar aos quatro ventos como "Assassin's Creed III" é a maior produção da casa. O game pega a popular série de ação e viagem no tempo e adota desta vez como pano de fundo a Revolução Americana, durante o século XVIII, quando os norte-americanos expulsaram os britânicos da América e assim nasceram os Estados Unidos.
A história apresenta um novo assassino, Connor, filho de um britânico com uma indígena que acaba desempenhando papel fundamental no conflito. Enquanto isso, a trama paralela de Desmond, no presente, também ganha capítulos decisivos conforme ele e sua trupe de assassinos modernos encontra um templo antigo e precisa das chaves para descobrir seus segredos.
A mecânica de escalada e exploração volta renovada com a introdução de cenários orgânicos e irregulares na florestas, o arsenal ganha novos e interessantes equipamentos e a produtora ainda ousa com inesperadas missões em alto mar, no comando de um navio.
PONTOS POSITIVOS
- Essência intacta
- Missões, missões e mais missões
- Visual incrível
- Bugs, bugs e mais bugs
Entre falhas e qualidades, "Assassin's Creed III" continua sendo um "Assassin's Creed": você corre, pula, escala, luta contra grupos de inimigos (que continuam só atacando um por vez, no máximo dois) e coleta dezenas de itens enquanto realizam missões que se resumem a seguir pontinhos coloridos no mapa.
Você pode não gostar da história ou da ambientação, se irritar com os muitos bugs e descartar totalmente o multiplayer, mas não há como negar que "ACIII" entrega o mínimo necessário, o arroz e feijão, de forma competente.
A máxima é válida também para o modo multiplayer, que continua entregando uma divertida - ainda que superficial - experiência de "polícia e ladrão", onde jogadores se enfrentam em uma arena repleta de personagens iguais e devem usar suas habilidades para se esconder e identificar os alvos. A única novidade fica por conta de uma opção cooperativa, o Wolfpack, que propicia partidas rápidas e frenéticas.
Você pode não gostar da história ou da ambientação, se irritar com os muitos bugs e descartar totalmente o multiplayer, mas não há como negar que "ACIII" entrega o mínimo necessário, o arroz e feijão, de forma competente.
A máxima é válida também para o modo multiplayer, que continua entregando uma divertida - ainda que superficial - experiência de "polícia e ladrão", onde jogadores se enfrentam em uma arena repleta de personagens iguais e devem usar suas habilidades para se esconder e identificar os alvos. A única novidade fica por conta de uma opção cooperativa, o Wolfpack, que propicia partidas rápidas e frenéticas.
A jornada de Connor capricha na quantidade de objetivos diferentes para cumprir. O cardápio de missões principais e opcionais de "ACIII" é variado e extenso. O destaque fica por conta das missões navais, que oferecem gráficos lindos e uma variedade saudável à franquia.
Os combates em alto mar trazem algo totalmente novo e emocionante, mas sem perder qualidade. Fora da água salgada, é possível também caçar diferentes tipos de animais, coletar tesouros, libertar bairros das cidades de Boston e Nova Iorque e muito, muito, muito mais.
Os combates em alto mar trazem algo totalmente novo e emocionante, mas sem perder qualidade. Fora da água salgada, é possível também caçar diferentes tipos de animais, coletar tesouros, libertar bairros das cidades de Boston e Nova Iorque e muito, muito, muito mais.
De cara, "Assassin' Creed III" impressiona por seus gráficos e animações. É impressionante como ano após ano a Ubisoft consegue aperfeiçoar os movimentos de combate e escalada dos asssassinos, mas o salto nesta edição é muito maior.
Connor move-se com naturalidade, enquanto as bolsas no cinto e penas penduradas balançam com o movimento. Efeitos de névoa e chuva pontuam os cenários em certos momentos, o sol brilha na floresta de forma tranquila e suave enquanto a noite é dominada pelas estrelas no céu. Nos combates navais, o balançar das ondas é assombroso de tao realista e o estalo dos canhões se traduz em fumaça, fogo e lascas da madeira nos navios.
Connor move-se com naturalidade, enquanto as bolsas no cinto e penas penduradas balançam com o movimento. Efeitos de névoa e chuva pontuam os cenários em certos momentos, o sol brilha na floresta de forma tranquila e suave enquanto a noite é dominada pelas estrelas no céu. Nos combates navais, o balançar das ondas é assombroso de tao realista e o estalo dos canhões se traduz em fumaça, fogo e lascas da madeira nos navios.
PONTOS NEGATIVOS
Assim como aconteceu com "Elder Scrolls V: Skyrim" em 2011, "Assassin's Creed III" é uma jornada densa e grandiosa povoada por muitos defeitos de programação.
A seleção varia de meros problemas estéticos a outros que chegam a atrapalhar missões. Ser capturado pelos guardas porque Connor ficou preso em um pedaço de uma casa ao tentar escalar suas paredes ou porque o cavalo de um dos aliados decidiu ficar andando sem sair do lugar é extremamente frustrante.
A seleção varia de meros problemas estéticos a outros que chegam a atrapalhar missões. Ser capturado pelos guardas porque Connor ficou preso em um pedaço de uma casa ao tentar escalar suas paredes ou porque o cavalo de um dos aliados decidiu ficar andando sem sair do lugar é extremamente frustrante.
- Combates confusos
- Começo enrolado
- História(s) decepcionante(s)
- PONTOS POSITIVOS
- Essência intacta
- Missões, missões e mais missões
- Visual incrível
- PONTOS NEGATIVOS
- Bugs, bugs e mais bugs
- Combates confusos
- Começo enrolado
- História(s) decepcionante(s)
- 7Bom
m
As lutas nunca foram dos pontos mais brilhantes da série "Assassin's", mas vinham evoluindo de forma lenta e gradual nas últimas edições. "ACIII" erra na coreografia, tentando simplificar e errando na medida.
Connor pode realizar contra-ataques muito eficientes, matando inimigos com um único golpe e emendando sequências de assassinatos. Contudo, quando isso não funciona o jogo não é lá muito eficiente em mostrar o que aconteceu.
Connor pode realizar contra-ataques muito eficientes, matando inimigos com um único golpe e emendando sequências de assassinatos. Contudo, quando isso não funciona o jogo não é lá muito eficiente em mostrar o que aconteceu.
Lembra quando em 2001 a Konami surpreendeu todo mundo com a aparição de Raiden em "Metal Gear Solid 2"? Antes do lançamento, a produtora só mostrou imagens do querido herói Solid Snake, para então no jogo em si colocar o velho protagonista apenas no início e depois passar o comando para o novato de cabelos brancos.
Em termos de história, "Assassin's Creed III" é uma decepção. Tanto no que tange à história de Connor, durante a Revolução Americana, como na trama de Desmond, que acontece no presente.
Por mais que o embate entre americanos e britânicos seja bem contado, recriando momentos chave como a Festa do Chá em Boston e a Batalha de Bunker Hill, o herói Connor é fraco e raso. Sua ingenuidade excessiva cansa e não enriquece a história. Em contraste com Ezio e Altaïr, Connor fica ainda menor.
Por mais que o embate entre americanos e britânicos seja bem contado, recriando momentos chave como a Festa do Chá em Boston e a Batalha de Bunker Hill, o herói Connor é fraco e raso. Sua ingenuidade excessiva cansa e não enriquece a história. Em contraste com Ezio e Altaïr, Connor fica ainda menor.
RESUMINDO:
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