Em essência, "Assassin's Creed III" mantém e refina os principais elementos que fizeram da série um sucesso: exploração fácil e divertida, ampla variedade de armas e equipamentos e, principalmente, diversos tipos de missões (com destaque para as divertidíssimas missões navais).

Contudo, o jogo falha ao apresentar uma história fraca e decepcionante. A trama faz um ótimo trabalho em retratar (e até ensinar sobre) a Revolução Americana, mas deixa de ter um herói forte e, principalmente, vacila no desfecho da campanha de Desmond, que se desenrola desde o primeiro "AC".

Para piorar, há uma infinidade de bugs que, quando não atrapalham as missões, resultam em situações absurdas e hilárias que quebram um pouco da ambientação proporcionada pelos gráficos incríveis e tiram muito do brilho da obra da Ubisoft.


Ao longo de 2012 a Ubisoft não cansou de bradar aos quatro ventos como "Assassin's Creed III" é a maior produção da casa. O game pega a popular série de ação e viagem no tempo e adota desta vez como pano de fundo a Revolução Americana, durante o século XVIII, quando os norte-americanos expulsaram os britânicos da América e assim nasceram os Estados Unidos.

A história apresenta um novo assassino, Connor, filho de um britânico com uma indígena que acaba desempenhando papel fundamental no conflito. Enquanto isso, a trama paralela de Desmond, no presente, também ganha capítulos decisivos conforme ele e sua trupe de assassinos modernos encontra um templo antigo e precisa das chaves para descobrir seus segredos.

A mecânica de escalada e exploração volta renovada com a introdução de cenários orgânicos e irregulares na florestas, o arsenal ganha novos e interessantes equipamentos e a produtora ainda ousa com inesperadas missões em alto mar, no comando de um navio.

PONTOS POSITIVOS

  • Essência intacta
  • Entre falhas e qualidades, "Assassin's Creed III" continua sendo um "Assassin's Creed": você corre, pula, escala, luta contra grupos de inimigos (que continuam só atacando um por vez, no máximo dois) e coleta dezenas de itens enquanto realizam missões que se resumem a seguir pontinhos coloridos no mapa.

    Você pode não gostar da história ou da ambientação, se irritar com os muitos bugs e descartar totalmente o multiplayer, mas não há como negar que "ACIII" entrega o mínimo necessário, o arroz e feijão, de forma competente.

    A máxima é válida também para o modo multiplayer, que continua entregando uma divertida - ainda que superficial - experiência de "polícia e ladrão", onde jogadores se enfrentam em uma arena repleta de personagens iguais e devem usar suas habilidades para se esconder e identificar os alvos. A única novidade fica por conta de uma opção cooperativa, o Wolfpack, que propicia partidas rápidas e frenéticas.



    • Missões, missões e mais missões
    • A jornada de Connor capricha na quantidade de objetivos diferentes para cumprir. O cardápio de missões principais e opcionais de "ACIII" é variado e extenso. O destaque fica por conta das missões navais, que oferecem gráficos lindos e uma variedade saudável à franquia.

      Os combates em alto mar trazem algo totalmente novo e emocionante, mas sem perder qualidade. Fora da água salgada, é possível também caçar diferentes tipos de animais, coletar tesouros, libertar bairros das cidades de Boston e Nova Iorque e muito, muito, muito mais.

    • Visual incrível
    • De cara, "Assassin' Creed III" impressiona por seus gráficos e animações. É impressionante como ano após ano a Ubisoft consegue aperfeiçoar os movimentos de combate e escalada dos asssassinos, mas o salto nesta edição é muito maior.

      Connor move-se com naturalidade, enquanto as bolsas no cinto e penas penduradas balançam com o movimento. Efeitos de névoa e chuva pontuam os cenários em certos momentos, o sol brilha na floresta de forma tranquila e suave enquanto a noite é dominada pelas estrelas no céu. Nos combates navais, o balançar das ondas é assombroso de tao realista e o estalo dos canhões se traduz em fumaça, fogo e lascas da madeira nos navios.





    PONTOS NEGATIVOS

    • Bugs, bugs e mais bugs
    • Assim como aconteceu com "Elder Scrolls V: Skyrim" em 2011, "Assassin's Creed III" é uma jornada densa e grandiosa povoada por muitos defeitos de programação.

      A seleção varia de meros problemas estéticos a outros que chegam a atrapalhar missões. Ser capturado pelos guardas porque Connor ficou preso em um pedaço de uma casa ao tentar escalar suas paredes ou porque o cavalo de um dos aliados decidiu ficar andando sem sair do lugar é extremamente frustrante.



  • Combates confusos
  • As lutas nunca foram dos pontos mais brilhantes da série "Assassin's", mas vinham evoluindo de forma lenta e gradual nas últimas edições. "ACIII" erra na coreografia, tentando simplificar e errando na medida.

    Connor pode realizar contra-ataques muito eficientes, matando inimigos com um único golpe e emendando sequências de assassinatos. Contudo, quando isso não funciona o jogo não é lá muito eficiente em mostrar o que aconteceu.

    • Começo enrolado
    • Lembra quando em 2001 a Konami surpreendeu todo mundo com a aparição de Raiden em "Metal Gear Solid 2"? Antes do lançamento, a produtora só mostrou imagens do querido herói Solid Snake, para então no jogo em si colocar o velho protagonista apenas no início e depois passar o comando para o novato de cabelos brancos.

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